Por que o clareamento caseiro é contra-indicado a pacientes que tiveram câncer?

Encontram-se relatos na literatura que discutem a existência ou não de um efeito carcinogênico do contato entre o peróxido de carbamida ou peróxido de hidrogênio utilizados no clareamento dental e a mucosa oral. Estes estudos concluem que os peróxidos acima citados possuem um potencial carcinogênico muito pequeno ou nulo.
Acredita-se que os radicais livres produzidos a partir da decomposição dos peróxidos têm o poder de atacar o DNA celular podendo provocar uma mutação, porém os efeitos desses radicais são minimizados pela ação de enzimas presentes na cavidade oral como, por exemplo, a catalase.
Embora os mecanismos que tentam explicar a ação do peróxido sobre os tecidos moles ainda não estejam completamente elucidados, não se descarta a possibilidade da existência de um potencial carcinogênico.
Portanto, em pacientes que tem histórico de neoplasias contra-indicamos o clareamento caseiro, pois há um maior risco do agente clareador entrar em contato com a mucosa e dessa mucosa ser mais susceptível aos efeitos do peróxido. Nestes casos, o mais indicado é o clareamento de consultório que minimiza o contato do agente clareador com os tecidos moles e sua deglutição.