Dia da Luz - 16 de Maio
Dia da Luz - 16 de Maio

Dia da Luz - 16 de Maio

O dia da luz foi instituído pela Unesco e a data escolhida foi em 16/05, pois foi nesta data no ano de 1960 que ocorreu a primeira emissão LASER.

A luz é uma forma de radiação eletromagnética, formada pela propagação conjunta de um campo elétrico e um campo magnético progressivos oscilantes entre si, ao mesmo tempo que pode ser descrita como um fluxo de partículas chamadas Fótons.

A física clássica demostrou que a luz se comporta como onda eletromagnética, através do trabalho de James Clerk Maxwell (através das famosas equações de Maxwell) em meados do século XIX, e do experimento da fenda dupla de Young em 1801, que mostrou que a luz sofre os fenômenos de difração e interferência (fenômeno de superposição), associados inerentemente a ondas como as ondas sonoras e as ondas na água, no caso, ondas mecânicas, que precisam de um meio físico para se propagar. A luz, por sua vez, se propaga tanto num meio físico quanto no espaço vazio (vácuo).

Já a física moderna, do início do século XX, demonstrou que a luz exibe comportamentos inerentes às partículas de matéria, através do famoso efeito Compton ou Espalhamento Compton (Arthur Holly Compton, 1923) e do efeito fotoelétrico, descrito teoricamente por Albert Einstein em 1905, hipotetizando um feixe luminoso como sendo um fluxo de partículas, usando a ideia revolucionária de Max Planck, o pai da Mecânica Quântica, consistindo em pequenos pacotes de energia ou partículas que carregam ou portam uma energia proporcional a frequência da luz, n (em Hz ou 1/segundo) através de E=hn, onde h é a constante de Planck) que, em seguida, vieram a ser chamadas de “fótons”. Einstein e Compton foram ambos agraciados pelo prêmio Nobel, em 1921 e 1927, respectivamente. Compton o foi por sua descoberta do efeito que leva o seu nome, e Einstein pela explicação e formulação teórica do efeito fotoelétrico, que consiste na emissão de elétrons de metais quando expostos a luz ultravioleta (pela lei do efeito fotoelétrico), descoberto experimentalmente por Alexandre Edmond Beckerel em 1839 e confirmado por Heinrich Hertz em 1887.

Desde a antiguidade a luz é utilizada de diversas formas para dar a vida e auxiliar em sua manutenção. Daí vem as expressões: “dar à luz” e “trazer à luz”.

Aos banhos de sol, preconizados desde a antiguidade, se atribuíam valores terapêuticos antes mesmo de haver conhecimento sobre a síntese da vitamina D e mecanismos de ação da luz em tratamentos de lesões de pele como a psoríase, entre outras.

Com o advento da luz elétrica e lâmpadas incandescentes, os dias passaram a ser mais longos, uma vez que poder-se-ia ter mais tempo de iluminação diária, ainda que de forma artificial. Esse fato influenciou sobremaneira o comportamento humano, que teve alterações radicais desde então. A luz então começou a ser usada em uma grande demanda de ações, equipamentos e procedimentos na nossa rotina diária: computadores, tvs, celulares, depilação à laser, leitor óptico de códigos de barra, clareamento dental, bronzeamento artificial, laserterpia e lasercirurgia, diagnóstico óptico e a terapia fotodinâmica, usada para tratamento de lesões de câncer e para inativação microbiana, entre muitos outros.

Diferentes fontes de luz podem emitir em diversos comprimentos de onda, desde o infravermelho usado para medir remotamente a temperatura, comunicação de curta distância, comunicação através de fibras óticas, como também a luz no espectro ultravioleta, com aplicação para desinfecção de superfícies, tratamento de águas, cura de tintas e resinas e muitas outras.

Algumas luzes têm características especiais especificas, como é o caso do laser. Na fotobiomodulação, os lasers de baixa potência mais usados são os que emitem na região do vermelho e do início do infravermelho, chamado infravermelho próximo. Temos ainda a utilização da luz emitida pelos LEDs, que podem ser: violetas, azuis, âmbar, vermelhos e infravermelhos, cada vez mais empregados nas áreas da saúde. Ainda na saúde, os lasers cirúrgicos ou de alta potência guiados por fibra-óptica são um importante e moderno ferramental para procedimentos minimamente invasivos.

Frente à tantas possibilidades, não é à toa que Platão entendia a luz como revelação, possibilidade de visão e como destino humano.